A família do sargento Flávio Nogueira, de 41 anos, está denunciando omissão e inconsistências na investigação sobre a morte do policial. Flávio foi morto na última sexta-feira (13), durante uma operação na localidade de Maria Joaquina, na divisa entre Cabo Frio e Búzios. O agente era lotado na P2 do 25° Batalhão da Polícia Militar e segundo relatos da família, os disparos que tiraram a vida do sargento teriam partido de um colega de farda, e não de criminosos, como inicialmente divulgado.
A denúncia dos famíliares, ganhou força após a confissão do soldado envolvido, feita diretamente ao Comando da corporação. No entanto, de acordo com a família, as autoridades policiais têm omitido esse fato até o momento, o que intensifica a revolta e a busca por justiça.
“Quem deveria vir a público e esclarecer os fatos está se omitindo, blindando, protegendo quem destruiu a vida de uma família de um policial honrado”, desabafou um dos familiares, em um trecho da denúncia divulgada.
Além disso, os familiares afirmam que o policial responsável pelos disparos continua em liberdade, sem qualquer medida punitiva aplicada, e que o comando do batalhão evita qualquer pronunciamento público sobre o caso. “Covardia demais. Pura hipocrisia”, criticam.
A Polícia Civil em respostas a consulta da imprensa respondeu que as investigações estão em curso na 126ª Delegacia de Polícia (DP), enquanto a Polícia Militar, por meio de nota, afirmou que o Comando do 25° BPM está colaborando integralmente com as investigações conduzidas tanto pela Polícia Civil quanto pela Corregedoria da Polícia Militar. “Ambos os procedimentos serão analisados posteriormente pelo Ministério Público”, concluiu a PM.
O caso continua a gerar comoção e expectativa por respostas, especialmente pela transparência e justiça que os familiares de Flávio Nogueira tanto clamam.