Empenhada em garantir inclusão e acessibilidade nos setores municipais, a Prefeitura de São Pedro da Aldeia celebrou a formatura da 3ª turma de Libras, a Língua Brasileira de Sinais. O grupo contou com servidores da Secretaria Municipal de Saúde e alunos da Escola Municipal de Educação Especial (EMESPP). O evento reuniu formandos, familiares e membros da comunidade.
As turmas de Libras são promovidas pelo Programa Saúde na Escola (PSE), por meio do Núcleo de Educação Permanente em Saúde (NEPS). O curso de Libras teve início em março de 2024 e trabalhou temáticas como inclusão, respeito à pessoa com surdez e a Língua Brasileira de Sinais.
Representando a secretária de Saúde, Maria Márcia S. Fontes, a diretora da Vigilância em Saúde, Tatiana Leal, falou aos formandos. “É uma honra estar aqui hoje. Vocês estão fazendo a diferença em uma sociedade e fazendo o SUS mais inclusivo, que tem como um de seus princípios a universalidade, que é a forma de dar condição de que todos tenham atendimento. Parabéns a todos vocês, formandos e realizadores deste projeto”, destacou.
A 3ª turma formada contou com a participação de enfermeiros, agentes comunitários de saúde, dentistas, auxiliares de saúde bucal, auxiliares de serviços gerais e recepcionistas, além de alunos da Escola Municipal de Educação Especial Pedro Paulo Lobo de Andrade.
A cerimônia foi marcada por momentos de emoção e cultura. Durante o evento, os formandos apresentaram números musicais traduzidos para Libras, encantando a todos com a harmonia entre gestos e música. Uma peça teatral também foi apresentada, reforçando a importância da comunicação inclusiva e mostrando, na prática, a riqueza cultural que a Libras proporciona.
A coordenadora do NEPS, Eduarda Cardoso, se emocionou ao destacar o impacto que o curso tem gerado na comunidade. “Sou pedagoga e desde que comecei a trabalhar, na área de intermediação escolar, encontrei muitos, mas muitos desafios e muitas pessoas que não acreditavam que as pessoas portadoras de diferentes necessidades seriam capazes de aprender ou se desenvolver. Eu sempre acreditei e sempre lutei por eles, de forma simples, mas fazendo a diferença. E hoje me emociono vendo vocês acreditarem que eles podem, sim, ter um espaço na sociedade, que eles podem chegar em uma unidade de saúde e ter um atendimento digno. Eu acredito que a nossa sociedade pode ser mais transformadora na vida dessas pessoas. Obrigada”, declarou.
A professora de Libras, Ana Cristina Gomes, convidou a todos a participarem das próximas turmas de formação. “É muito importante fazer parte deste projeto e, nós, enquanto cidadãos, precisamos entender o que é verdadeiramente a nossa Língua Brasileira de Sinais. É uma oportunidade de aprendermos e fazer a diferença na vida de uma pessoa com surdez”, comentou.