Militares e comparsa são condenados a 9 anos de prisão pelo crime de extorsão mediante sequestro em Búzios

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A Justiça condenou a mais de 9 anos de prisão, o policial militar Bruno Paulo Pereira do Carmo do Valle; o ex-militar das Forças Armadas, Thiago Rezende Pimentel Trindade, conhecido como Mexicano; e Cristiano Ribeiro Xavier, o Baiano, pelo crime de extorsão mediante sequestro em Cabo Frio. A sentença no processo criminal foi prolatada no último dia 27 de fevereiro deste ano.

O caso aconteceu no Alto da Rasa na divisa entre Buzios e Cabo Frio em 19 de outubro de 2021. Na época, os três condenados sequestraram Rafael Pizarro da Silva, o Pirata; e Jonatas Dias da Silva, o Mineiro. Segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), as vítimas estavam em uma lanchonete na Rua Justiniano de Souza, quando o trio chegou a bordo de um automóvel e ordenou que eles sentassem no chão. Logo em seguida, as vítimas foram algemadas e colocadas no carro.

Segundo o Inquérito Policial, o PM Bruno conduzia o automóvel no momento, enquanto Mexicano estava no banco do carona, portando uma arma de fogo. Baiano, que ficou dentro do veículo todo o tempo, prestava auxílio à ação criminosa.

Uma das vítimas em depoimento a polícia, afirmou que durante todo o trajeto, Bruno afirmava que iria “sumir com as vítimas” e que essa seria uma prova de eles iriam “conhecer a milícia”.

A ação do grupo criminoso tinha como objetivo obter, para si, vantagem patrimonial, além de reduzir uma taxa paga ao líder do tráfico local da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), identificado como Valdinei Quintanilha, o Macaco, em razão da exploração de empresa de TV a cabo clandestina, como condição/preço do resgate.

Cientes do envolvimento das vítimas com o tráfico de drogas local, exigiram R$ 20 mil reais para liberá-las, sendo estas obrigadas, ainda, a enviar diversos áudios, em um telefone celular ao líder do TCP, que controla o tráfico de drogas na localidade, solicitando o pagamento da quantia em questão, “sob pena de ceifar a vida das vítimas que se encontravam com a liberdade restringida”, afirma o MPRJ.

As vítimas ainda foram coagidas a requerer a redução dos valores que eram pagos pelos denunciados ao Macaco para a exploração de empresa de TV a cabo clandestina, registrada em nome do ex-paraquedista do Exército, Mexicano, mas que tinha como ‘dono’, o PM Bruno.

Toda a ação criminosa foi registrada por imagens de segurança do local.

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