Agentes da Polícia Civil prenderam nesta quarta-feira (17), Anna Clara de Assis Barroso de Oliveira Couto por suspeita de envolvimento na morte da amiga Nayara Jeovanna Coutinho de Souza, de 19 anos, queimada em Arraial do Cabo em 12 de abril. A prisão ocorreu em Petrópolis na Região Serrana do Rio de Janeiro.
Segundo informações da 132ª Delegacia de Polícia de Arraial do Cabo, a suspeita Anna Clara teria matado a própria amiga Nayara utilizando golpes de faca e queimaduras com gasolina com ajuda de pelo menos um comparsa.
Anna Clara chegou a procurar a polícia de Araruama, onde relatou que ela e sua amiga assassinada, foram vítimas de um assalto em que foram sequestradas e roubadas. No decorrer das investigações, a versão apresentada foi desmentida.
No relato da suspeita, as duas estavam a bordo de um automóvel na RJ-124, quando pararam para ir ao banheiro em um estabelecimento. Dois homens surgiram em uma motocicleta e renderam as mulheres, obrigando as mesmas a voltarem para o carro.
Ainda segundo a versão apresentada por Anna Clara, o piloto da moto roubou o celular e outros pertences de Nayara e fugiu. O carona, por sua vez, entrou no carro das duas e ordenou que seguissem pela estrada de Praia Seca. Quando chegaram a uma área isolada, próxima à Praia do Pneu, o criminoso teria ordenado que ambas se esfaqueassem.
A suspeita também relatou em depoimento a polícia que, sob ameaças, acabou desferindo golpes de faca em Nayara. Em seguida, o criminoso jogou um líquido inflamável sobre ambas e fugiu por uma área de mata. Segundo o depoimento da suspeita, ela conseguiu pedir carona na estrada e dirigiu-se à Delegacia de Araruama, mas Nayara foi alcançada pelo criminoso, que ateou fogo nela.
A jovem que foi esfaqueada e queimada foi socorrida por moradores de um condomínio próximo ao local com mais da metade do corpo queimado. Ela precisou ser encaminhada às presas, por uma aeronave do Corpo de Bombeiros, para o Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo mas não resistiue foi a óbito.
Com o avanço das investigações do caso, o setor de inteligência da polícia identificou, por meio de laudos periciais e provas coletadas na 132ª DP, que a versão apresentada por Anna Clara era “contraditória e incongruente”, e que existiam indícios da participação dela no crime.
Diante dos fatos, a autoridade policial solicitou a Justiça a ordem de prisão temporária da acusada e realizou busca e apreensão em endereços relacionados ao suposto cúmplice. As investigações continuam no intuito de esclarecer todos os detalhes do crime