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Polícia Federal prende mulher do “Faraó dos Bitcoins” nos Estados Unidos

A mulher de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como o “Faraó dos Bitcoins”, foi presa em Chicago, nos Estados Unidos. A prisão foi realizada pela Polícia Federal brasileira. Apesar de a venezuelana Mirelis Diaz Zerpa estar foragida há mais de dois anos, acusada de montar um esquema de pirâmide financeira disfarçado de investimento em bitcoins, a prisão ocorreu devido à ilegalidade de permanência nos EUA.

A captura de Mirelis, que aconteceu nesta quarta-feira (24) mas foi confirmada pela PF apenas na noite desta quinta-feira, contou com a cooperação do U.S Immigrations and Customs Enforcement (ICE) e do Serviço Secreto norte-americano. Contra a mulher havia um mandado de prisão expedido pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro pelos crimes praticados contra o Sistema Financeiro Nacional, lavagem de dinheiro e integração de organização criminosa.

Segundo as investigações da PF, Mirelis e o marido chegaram a lavar o equivalente à cerca de R$ 38 bilhões entre 2015 e 2021. Segundo a Operação da PF batizada de Kryptos, a venezuelana era proprietária de uma empresa de consultoria em Cabo Frio, na região dos Lagos do Rio de Janeiro, que firmou contratos, a partir de 2015, para prestação de serviços de investimentos em bitcoin. A negociação, que era oferecida ao público, incluindo pessoas jurídicas, prometia altos rendimentos fixos mensais, em torno de 10%. O esquema, no entanto, não tinha autorização junto à Comissão de Valores Mobiliários.

Em nota publicada nas redes sociais, a defesa de Mirelis afirmou que a mulher tem em seu favor um habeas corpus relativo à operação da PF, expedido pelo Superior Tribunal de Justiça, e que o motivo da prisão foi “uma irregularidade formal no visto, o que era de seu desconhecimento e de seus advogados, e está em vias de ser esclarecido”, disse em um trecho.

O “Faraó dos Bitcoins”

O marido de Mirelis, Glaidson, está preso desde a primeira fase da Operação Kryptos, em agosto de 2021. Ele foi capturado pela PF em uma mansão no Rio. Os agentes encontraram, na ocasião, mais de R$ 13,8 milhões em dinheiro e barras de ouro. O “Faraó dos Bitcoins” responde a 13 ações penais e tem contra ele seis prisões preventivas decretadas.

Glaidson foi ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Criptomoedas, em julho do ano passado, e negou que a empresa dele funcionava como fachada para um esquema de pirâmide financeira. Ele afirmou, ainda, que foi a operação da PF que impediu a GAS Consultoria e Tecnologia de honrar seus compromissos com os clientes. Na mesma época, em um vídeo publicado nas redes sociais, Mirelis afirmou estar vivendo “uma injustiça que nunca imaginou que viveria”.