Com a chegada do outono, o aumento de doenças respiratórias relacionadas à queda na temperatura aumenta de a demanda de atendimentos no Hospital Municipal Rodolpho Perissé (HMPR), em Búzios. O hospital está registrando um fluxo significativo de pessoas, com cerca de 500 a 600 atendimentos diários, provenientes não apenas da cidade, mas também de municípios vizinhos. Entre os pacientes, incluem-se crianças com crises respiratórias.
A diretora do HMPR, Priscila Gasparetto, destaca que a incidência de doenças respiratórias segue um padrão sazonal, com picos bem marcados durante o outono e inverno. A média diária de atendimento no pronto-socorro da unidade é de 70 crianças, mas esse número pode dobrar durante a estiagem devido aos casos respiratórios.
Os principais responsáveis por esses problemas são os vírus do tipo sincicial respiratório (VSR), influenza A e B, Para influenza e Adenovírus. Esses vírus são responsáveis por cerca de 50 a 90% dos casos em crianças. As mais afetadas são as crianças menores de dois anos, com histórico de alergia crônica e chiado no peito, bem como aquelas com histórico familiar de asma. Essas crianças necessitam de atendimento médico de emergência e geralmente apresentam uma pior evolução do quadro respiratório, frequentemente precisando ser hospitalizadas.
A coordenadora administrativa do HMPR, Laís Melo, ressalta que toda a equipe está empenhada em lidar com o fluxo intenso de pacientes e manter a excelência no atendimento, mesmo diante de uma demanda acima do comum.
“O número de atendimentos diários está muito superior ao cotidiano do município, e realmente apresenta um desafio significativo, mas que está sendo enfrentado com toda a capacidade técnica e empenho pessoal da equipe”, afirmou.